quinta-feira, 30 de maio de 2013

"sei lá"

não consigo conviver comigo
preciso de abrigo
para guardar os pensamentos perdidos
jogar fora o corpo que habito
contemplar o "nada" por horas e horas;
vagar por aí
transparente
fingindo ser gente.


o tempo parece passar lentamente
esperamos o futuro ansiosamente
quando você menos espera:
o futuro é o seu novo presente
e o tempo passou rapidamente.


domingo sem austeras
família reunida 
se entupindo de café e bolachinhas
vemos arvores da cozinha
na sala: jornal, aquarela, vovózinha 

terça-feira, 21 de maio de 2013

esqueça o horror aqui

na tarde nublada, eu vejo
cidade agitada e um pássaro
voando em círculos, sozinho
livre no seu próprio espaço. 

e na tarde nublada, onde o vento estragava a minha franja
o único pássaro do céu parou de voar em círculos e desapareceu
foi prá lá se aventurar e eu fiquei alí
sentada, ouvindo música calma, no mesmo lugar de sempre. 

queria ser esse pássaro
mas o meu dia vai chegar 
e voarei livremente, me aventurando por aí 
e lembrarei deste dia como um velho sonho que tive
um pensamento otimista de uma curiosidade sobre o mundo
sobre as pessoas e todo o resto.

tardes interessantes estas
que me livram da obrigação de ser um ser humano ocupado
o tempo todo, se ocupando com coisas irrelevantes
quando posso contemplar o "nada" por horas e horas 
e nesse meio tempo perceber que o "nada" é na verdade o meu "tudo"

o sol apareceu, forte
olhei para frente e o pássaro voltou! 
que bom deve ser: ir e vir sem preocupações. 
e o sol ficou mais forte agora, a música mais alta. 
não posso olhar diretamente, irá me cegar por uns segundos. 
devo mudar de lugar os fechar os olhos? virei a cara.

dei um pause em mim 
as pessoas são correria
estão correndo do seu próprio eu. 
correria, pra quê? 
os momentos de silêncio são um descanso para a alma.



quarta-feira, 15 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

as vantagens de estar triste

você bebe com gosto
se sente no fundo do poço
economiza água lavando o rosto
com as lágrimas do seu desgosto.

domingo, 12 de maio de 2013

Alice no país do mar de ervilhas

Vou começar perguntando "como começar?" Não sei. Eu tenho um sério problema: não consigo começar textos, também não consigo inventar títulos, no final, acabo escolhendo um título ruim (e na maioria das vezes o texto também fica uma bosta).

Pensei em escrever sobre a vida, mas me interesso pela morte. Pensei em escrever sobre um gatinho ser o narrador dos contos, mas prefiro cachorros. Pensei em inventar um conto baseado em fatos reais: "as dificuldades da menina que tem medo de peixes", ela seria eu - na infância - mas a diferença é que a menina moraria na praia (só para ficar mais interessante). Posso também misturar tudo e fazer uma história com um gatinho narrando a vida da menina com medo de peixes que vive na praia. Mas ficaria meio confuso. Pensei em escrever contos, mas prefiro escrever sobre meus pensamentos aleatórios. Eu tenho outro sério problema: indecisão, sou libriana. Sou indecisa, não com tudo, algumas coisas eu sou bem direta ao ponto, mas... é, não sei. E sou desorganizada nos pensamentos.